Faturamento do mercado pet supera R$ 75 bi em 2024

Receita avançou 9,6% em relação ao ano anterior, mas representou a primeira variação inferior a dois dígitos desde 2019


Por Leandro Luize

Foto: Canva

faturamento do mercado pet superou R$ 75,4 bilhões em 2024, o que correspondeu a um avanço de 9,6% em relação ao ano anterior. Embora a evolução ainda seja positiva, ela traz um indicador preocupante. Foi a primeira vez que o setor cresceu abaixo de dois dígitos desde 2019.

Os dados são do Instituto Pet Brasil (IPB) e da Abinpet. De acordo com o Valor Econômico, as entidades projetavam inicialmente uma receita superior a R$ 77 bilhões, em função da escalada de preços no último trimestre do ano passado. O resultado foi atribuído à maior pressão inflacionária e à desvalorização da moeda brasileira, o que desacelerou o consumo.

“O setor pet segue sólido, mas os resultados de 2024 refletem os desafios econômicos e o peso da alta tributação sobre os produtos e serviços do setor”, ressalta Caio Villela, presidente do IPB.

Pet food desacelera e impacta faturamento do mercado pet

O faturamento do mercado pet sofreu impacto direto da divisão de pet food, cuja alta sobre 2023 foi de 7% – abaixo da média geral. O segmento movimentou R$ 40,8 bilhões, equivalente a 54,1% da receita.

Depois de dez anos seguidos de aumento na oferta, a produção de alimentos industrializados para animais de estimação caiu 0,6% em 2024 e totalizou 4 milhões de toneladas. O montante é bem inferior ao potencial do parque industrial brasileiro para fabricar 9 milhões de toneladas.

E a tendência é que esse cenário se repita em 2025. De acordo com o presidente executivo da Abinpet e membro do Conselho Consultivo do IPB, José Edson Galvão de França, o recuo pode chegar a 4% se não houver nenhuma mudança na carga tributária ou no câmbio.

Já a venda de animais por criadores mostrou maior fôlego e teve incremento de 12,1%, movimentando R$ 8,1 bilhões. A comercialização de produtos veterinários, que fundamenta a área de pet vet, também registrou avanço substancial de 13,3% e somou R$ 7,8 bi. Outro destaque ficou por conta dos serviços veterinários, que geraram R$ 7,7 bilhões e evoluíram 16%.

PMEs voltam a se destacar 

Os pequenos e médios pet shops seguem dominantes e respondem por quase metade do volume de negócios – 48,5%. O faturamento de R$ 36,6 bilhões é cinco vezes maior do que a soma das gigantes Petz e Cobasi, que movimentaram R$ 7 bi e detêm 9,3% do mercado pet. Já as clínicas e hospitais veterinários representam cerca de 18% do faturamento, com receita de R$ 13,4 bilhões.

Fonte: panoramapetvet.com.br

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